Serenidade

Sensibilidade...

27 fevereiro 2007

Abraço-vos

(Foto de Serenidade)

Um ano se passou
bem aventurado princípio
abraços muitos senti
na escrita um início.
Um abraço vou pedir
a quem aqui passar
a ocitocina a subir
e o coração a sarar.
Um abraço é a fusão
dois corpos em união
as células a labutar
energia em exultação.
Nada de meros cruzares
de braços amedrontados
quero peitos unidos
corações apertados.
Um abraço apertadinho
sincero é quanto baste
para tratar a S(s)erenidade
de forma apaixonante.
Uma fada me contou
que queria um abraço
por isso aqui estou
a satisfazer seu embaraço.
Vamos todos abraçar
e deixar ser abraçados
para quê temer
os desejos tão almejados!
Dou-vos o meu abraço
com muita satisfação
levam um pouco de mim
guardem com afeição.
Obrigada pelo carinho
da blogosfera em Serenidade
um abraço irei dar
com muita sinceridade.

25 fevereiro 2007

Perdoo-te

( Foto de Serenidade)

Perdoo-te…
serena alma que vagueias perdida
com rumo fixo
no horizonte longínquo
assaz distante te avisto
vida ansiada… tão desejada.
Trilhos sinuosos, agrestes,
arvoredo denso oculta a visão
que já de si é parca
pela tumultuosa tempestade …
paira sobre a mente, o corpo
de serena alma
consciente da atribulada senda
sem resposta para…
amotinados sentires
ferem sua alma
seu corpo estremece de dor
o lado esquerdo esmorece em clamor.
Brada a angustia que em mim está
amotina o cárcere
enleva a dor da alma…
Eu perdoo-te…
porque não sabes o que fazes,
serena alma
que buscas a serenidade do espírito,
o conforto do corpo,
o Amor no outro...
que em si está,
já o é antes de o ter, receber ou dar.
Perdoo-te,
não te laceres
apraz-te porque vives
despreza o que foste
saúda o que és…
Eu… perdoo-te
Serena criatura!

Sereno negrume


O cansaço apodera-se
corpo robusto
frágil alma
existência em luto.
Negra na luz que irradia
lembrando que existe
neste mundo cruel
numa busca empolgante.
Na noite se perde
se ausenta de si
esquece quem é
é nada sem ti.
Moribunda existência
anseia opulenta cor
usar paletas multicoloridas
expressar seu clamor.
A noite vem e se destrói
abandona o círio que é
olvida o amor que tem
fragmenta-se no que não é.
Não entende essa escuridão
o mutilar-se sem parar
a fome de se ter
de se ver abeirar.
Andorinha a chegar
cansada de longas jornadas
eu amargurada com fim longínquo
nesta atribulada caminhada.
O Sol está fora de mim
pitoresco ri-se da tristeza
ilusória emoção sentida
pesarosa é hoje clareza.
Amanha será delírio
um ontem muito sentido
um agora magoado
actos de si … vividos!
Mutila-se na noite escura
pela luz que em si não vê
irradia de seu semblante
sobretudo para você.
Quem é que luz dá
que de si luz retira
dá o que não tem para si
a si mutila-se, castiga-se …

23 fevereiro 2007

Trigo em Maresia


Ceifeira que colhe o trigo
amarelecido… toque de oiro
de um Sol que aquece o coração
a alegria que acalenta … agitação.
Ceara doirada pela cor da emoção,
mesclada com paletas de emoções,
é fogo ardente, nos dias de tórrido ensejo
presenciando loucas sensações.
Encobre o amor proibido,
camponeses enamorados
ceifeira de corações
amantes… apaixonados!
Trigo maduro, acolhedor,
dois seres em exultação
amor de tempos sem tempo
ensejos na imensidão.
Mãos que o colhem, que se acolhem,
o aconchegam em fardos,
se aconchegam em repastos,
cárceres inebriados, arrebatados.
O vento recruta os murmúrios
para paragens imemoriais
sussurros de vozes serenas
palavras intemporais.
Gaivota plana junto ao corpo
unos deleitados sobre o trigo
colhe o alimento
do mar em corrupio.
Maresia silencia
o rumor dos amantes
o trigo alimenta
almas apaixonantes.
Fecundo solo
mar bravio
almas pares
amor fugidio.

21 fevereiro 2007

Fui...


Ao teu encontro fui
acertada decisão
tu esplendoroso, luzidio,
esperando-me com emoção.
Antes de te ver já te sentia
tinhas a força de um vulcão
cuja lava ardente saía
com a exuberância de um leão.
Um encontro fulminante
embriagada fiquei
tamanha a emoção
da nossa união.
Tua energia penetrou
em minhas células esfaimadas,
uma vibração violenta
palmilhou-me … debilitada.
Com avidez me trespassaste
não pediste permissão
seria uma questão tonta
era minha intenção.
Meu cárcere descerrou
não tinha outra condição
estavas forte como nunca
fortaleza em exaltação.
Extasiada permaneci
por muito tempo junto a ti
não queria partir
sem te aprisionar em mim.
Ao teu lado, eu e tu eramos Um
fundidos permanecemos
ébrios enaltecemos
eternamente ficaremos.
Eras minha vestimenta
minha protecção
senti-me rainha do Universo
com tanta emoção.
Muita mais poderia exprimir
todo o meu contentamento
não há palavras para proclamar
tamanho sentimento.
União, exaltação, ligação,
uma sensação já sentida,
uma molécula do oceano
uma gaivota perdida.
Em ti me encontrei
em ti me deleitei
aprisionei-te em mim
para sempre te terei!

19 fevereiro 2007

Carnaval


Carnaval
folia e muita alegria
tristeza transfigurada
momentos de harmonia.
Metamorfoseia-se o sentir
dá-se largas à imaginação
veste-se de alegria
o pobre coração.
Empacotam-se as sensações
enviam-se aconchegadas
para o lado esquerdo
estão bem amparadas.
Carnaval
é folia, é alegria
o rosto ri, o corpo agita,
a alma grita em revelia
pela desatenção proferida.
Carnaval é alegria
nada mais quero pensar
apenas em fantasiar
e ébria sonhar.

17 fevereiro 2007

Fantasia...


Há momentos …
a esperança desvanece
a emoção se enaltece
e o alento esmorece!
Secretamente,
sussurro-te entristecida
minha luz enegrecida
serenidade desvanecida!
Canto,
o abraço que desejo
o sabor do teu beijo
a comoção do ensejo!
Fantasio,
a existência futura
onde perdura…
sensibilidade e amargura!
Caminho,
com frágeis passadas,
resquícios de prolongadas
existências atribuladas!
Castelo construído,
um presente fantasioso
mortificado por um amoroso
ápice invulgar, auspicioso!
És sonho?
És realidade?
És utopia enaltecida
em realidade requerida!

15 fevereiro 2007

Nada ser...


Repensa na existência vã
no dia a dia sem sentido
no desejo de ouvir por ti,
um nada proferido.
O dia e a noite se fundem
e confundem a duração
da claridade e da escuridão
num desventurado coração.
A flor de lótus fecha
em plena luz do dia
a alma se flagela
seria pela sua agonia?!
A passiflora murcha
tomba sem dar o fruto
uma paixão atribulada
no silêncio o tumulto.
Vénus sai de órbita
com tamanha amargura
dois seres separados
é uma senda futura!
Vivendo a arte da solidão
trepa a árvore da tentação
para colher o alento
o fruto da reconciliação.
Reconciliação requerida
consigo, é o mais premente
encontrar-se na vida
antes que mais a atormente.
Dor, angústia, sofrimento
solidão e amargura
açoita-se sem dar conta
é algo que perdura.
Vê luz no fim do túnel
até lá muito pesar
em cada aurora a energia
para rápido a alcançar.

13 fevereiro 2007

Já(c)sinto


Já sinto tua presença
aqui, bem ao meu lado
mesmo que nunca
cá tenhas estado.
Já sinto o toque
no semblante definhado
por torturas mil,
mas tão desejado.
Já sinto tua ausência
tua constante permanência
em meus sonhos ilusórios
nesta vaga inexistência.
Já sinto o quanto cresces
dia após noite … após dia,
começa a colorir
dizes-me o que sentia.
Já sinto que precisas que alimente
teu coração de alegria
tua alma de exultação
teu corpo de energia.
Já sinto o que me dizias
ter calma e paciência
esperar mais um pouco
a Primavera viria.
Já sinto o teu sorriso
caiado de resplandecente cor
o meu usurpas de soslaio
dando-lhe o devido valor.
Já sinto que fiz maravilhas
em trazer-te até mim
alegras o que me rodeia
estou em frenesim
Já sinto… em breve estarás
exuberante e inquietante
esperando que te admire,
será um prazer extasiante.
Já sinto que partirás
após o teu florir
mas espero serena
a tua volta a sorrir.
Já sinto a minha angústia
da tua ausência prolongada
uma existência vã
em fantasia pintada.

11 fevereiro 2007

Quando???


Genuína alma!
Perdida no tempo …
Encontra-se do lado de lá da penumbra,
que a cada anoitecer a trespassa e vem …
ao encontro de…
Deusa desfalecida
em breve florescida…
arco-íris um augúrio
de fortuna requerida.
Ponte de frágil estrutura
impede um avançar seguro
no trilho algo escuro.
Inverno florido anseia,
céus e mares fecundos
águas em arremesso
azuis céus moribundos.
Feitiço…alquimia…
dos teus olhos
os meus penetram, trespassam…
bem dentro da alma…
ferida aberta aquietam…
Promessas de tempos,
que o tempo deixou na lembrança,
no DNA celular
a emoção ... a ânsia…
…que a ti me impele,
para em ti me fundir…
nossas almas…
uma fecunda promessa cumprir.
Amor de época … afastado,
incompreendido …
tão sentido ...
desejado … almejado!

09 fevereiro 2007

Liberdade é utopia


Sou livre como uma gaivota
que voa além-mar
vai roubar-te um beijo
e enriquecida voltar!
Sou vento em desatino
querendo te ameigar
voo loucamente
para em ti me aconchegar.
Sou gota de orvalho de Maio
resplandecente e luzente
esperando tocar tua pele
e em mim acolher-te!
Sou raio de trovão
espontâneo e embravecido,
se transmuta em luz serena
e sentes-te rendido!
Sou gota de água de rio
livre vagueia no leito
com destino preciso e claro,
em teu mar ter o alento.
Sou livre na multidão,
que a ti consome e rodeia,
passo e sinto teu desejo
o meu por ti anseia!
Visão livre para visões
é o meu olhar no momento
observa-te sem rodeios,
fundindo-nos no firmamento!
Ser livre é uma utopia,
livre não quero ser
planeio aprisionar-me
e em ti perecer!

07 fevereiro 2007

Ébria de ...


Singela donzela furtada!
Por um amor aprisionada!
Na vida delira,
ausência sentida.
Afagado o arco-íris de ilusão,
temor e contradição,
vira fogo de artificio em acção!
Céus e terra se fundem
no seu ser se confundem.
É raio de luz difusa,
é tudo, sendo apenas e só, Um Ser!
Sente-se una …é um prevalecer…
emoção sem acção
tal a grandeza da sensação.
Membros atrofiam …
o coração confia!
Esgotada embriaguês,
murmúrios apagados
de… sentires envergonhados!
Casta rainha o seu reino domina,
tremenda sede a esgota
almeja perpetuar a labuta
que o servil corpo afronta!
Ensaio único …
impressão guardada no coração;
no cubículo, aprisionado o sentir
para não mais sair, nem escapulir!
Ah, tempo que se desvaneceu
o seguimento se ansiou
um tempo que cessou e imortalizou
o maravilhoso ápice invulgar
sem lugar…
nunca voltará a ser o que foi.
Nada é igual… será …
renovado fogo de artifício
fundido com lágrimas
de Amor enaltecido!

05 fevereiro 2007

Amizade(s)...


Há pessoas únicas!
Passam em nossas vidas e…
deixam um rasto com sabor a Mel.
Miudaaa(s), graúdas ou assim-assim!
Aprochega-te e diz-me:
És ilusão ou realidade?
Arco-íris num Azul céu caiado de Branco…
…ou, trovão agonizante por trás da penumbra?
Sonhos são esperança, alegria, Alquimia …
Homens triviais … muito especiais,
trilham sua cáustica senda,
no Lugar da Paz … com Diário aberto!
Seres únicos… qual Gandhi…
os deuses do Universo,
que vagueando por planetas longínquos…
JUpiter? Saturno?
Lenda da Estrela Azul! Por onde andas?
Nunca decidiram que Maktub o fado da Terra!
Neste pequenino canto,
neste pequenino planeta,
há cantos que vêm além do mar,
tal o canto da sereia Isamar!
E com Serenismo caminhar,
na Vida, neste mini Cosmos,
com a Lu(n)a a cintilar,
com pessoas especiais
com rosto … sem rosto …
Mas que importa o semblante?
São sentires genuínos
por vezes ofuscados,
pela assembleia castrante,
pelo sofrimento não digerido!
Refugiam-se em fojos,
qual Lobo apavorado, atormentado,
nas emboscadas aprisionado,
em Gato(a) assustado transformado!
Há pessoas especiais…
… não clamadas…
… Cli(que)fe … entrem…
… e saiam deste servil recanto,
com a certeza que lhes canto,
sem convicção que o canto seja de encantar!
Há pessoas especiais…
… que entrem e saiam deste humilde canto,
com o coração brando,
o meu… apaziguar-se-á de encanto,
pelo teu … o teu … mais o Teu…
sorriso no rosto,
lágrima de esperança,
discernimento,
(do que sabe, do que desde sempre soube)
que a essência de tudo é
Amor,
caiado em telas de
AMIZADE!
(Sem esquecer ninguém, não consegui
clamar todos os que por aqui passam...)

03 fevereiro 2007

Neve em lava ardente...


Choro-te...
Lacrimejo o que de mim não pode ser de ti!
Água doce e salgada,
de carinhos e de tormentas.
Carinhos teus não sentidos,
tormentos meus sem sentido.
Derramo…
o pranto do lado esquerdo do meu sentir
que... sem ti...
a lava vermelha ardente…
é fria, castanha, empedernida.
Caem do meu rosto…
folhas num Outono castanho avermelhado,
cansadas de viagens esquivas,
divagações perdidas.
São flocos de neve cândida
que caem do céu …
início no meu semblante,
desfazem-se antes do solo tocar
pois a ti te querem falar.
São gotas do orvalho Primaveril,
adornando a flora,
acolhendo os raios de Sol,
reflectindo desgostos mil.
É chuva de cintilantes lanças…
que descem do céu,
penetram-me,
dilaceram-me,
desfazem-me em pedaços,
ansiosos por serem acolhidos…
por ti… em ti… e…
unos,
doce água salgada
brotará de ti e de mim,
de alegria extasiante,
ilusão incontida,
sonho … sufocado …
choro que sai,
sem querer voltar a ser fel,
antes lava ardente,
quente e refulgente…

01 fevereiro 2007

Caminhar...


Caminha-se,
pé ante pé,
ora devagar ora ligeiro.
Caminho agreste,
gelo e neve fazem deslizar,
quase tombar.
As rasteiras,
sentem-se como lanças que penetram
o lado esquerdo do sentir.
Desliza-se nesses caminhos…
ilusoriamente cintilantes…
enegrecidos diamantes…
e cai-se, fere-se e… levanta-se …
pé ante pé,
de inicio devagar,
para confiar…
nesse ou noutro caminho vaguear,
umas vezes escorregadio outras luzidio…
E… caminha-se ,
vivendo o que de si é
entrelaçado com o que de si não é!
Caminha-se,
pé ante pé,
ora devagar ora ligeiro.
Caminho primaveril,
de círios mil,
ora o sol ora o luar.
A escuridão está lá,
não se vê pela força da vontade
pela visão confiante.
Vê-se luz e toda a ventura
que está sempre presente,
umas vezes enaltecida
outras escurecida…
Caminha-se,
rumo à felicidade,
por caminhos hostis
ou primaveris
mas sempre com rumo certo…
a felicidade…
a nossa essência…
o Amor!

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