Transparências
(Foto de Serenidade)
Caiu tímida entre a amálgama de cores que a trespassavam,
percorreu o leito agri-doce da vida, não sabendo onde o seu sonho andava.
Deslizou por suaves pétalas de excelsas rosas,
patinou em lamaçais onde minutos transformaram-se em horas!
Porque quiseste aportar nas janelas da minh’alma?
enublar a vidraça, já de si sem muita calma!
Percorres os vales que te levam até aos meus lábios,
embrenhas-te nos meus secretos cantos!
És límpida,
lavas as mais escarnecidas feridas,
retiras o pó ao que o tempo deixou esquecer,
só a alma o faz aparecer,
deixas a descoberto a mais ínfima parte de mim,
fingindo ser um gracioso pé de jasmim.
És gota pura,
ou rio de cura.
És mar tumultuoso,
outras há que um lago teimoso.
Resvalas pela minha face,
já fizeste com que me integrasse,
agora, apareces pelo que passou,
quando a tempestade no meu cais aportou!
Leva para longe as mágoas e o azedume,
permite que continue este sublime e aprazível perfume.
És a mais bonita de todas as transparências,
aconchegas no teu regaço as mais subtis carências.
percorreu o leito agri-doce da vida, não sabendo onde o seu sonho andava.
Deslizou por suaves pétalas de excelsas rosas,
patinou em lamaçais onde minutos transformaram-se em horas!
Porque quiseste aportar nas janelas da minh’alma?
enublar a vidraça, já de si sem muita calma!
Percorres os vales que te levam até aos meus lábios,
embrenhas-te nos meus secretos cantos!
És límpida,
lavas as mais escarnecidas feridas,
retiras o pó ao que o tempo deixou esquecer,
só a alma o faz aparecer,
deixas a descoberto a mais ínfima parte de mim,
fingindo ser um gracioso pé de jasmim.
És gota pura,
ou rio de cura.
És mar tumultuoso,
outras há que um lago teimoso.
Resvalas pela minha face,
já fizeste com que me integrasse,
agora, apareces pelo que passou,
quando a tempestade no meu cais aportou!
Leva para longe as mágoas e o azedume,
permite que continue este sublime e aprazível perfume.
És a mais bonita de todas as transparências,
aconchegas no teu regaço as mais subtis carências.
"Se tiverem amor suficiente entre vocês, a colheita será farta,
porque este é um sentimento que tudo transforma."
in A Bruxa de Portobello
2 Comments:
Bom dia,
A simplicidade com que desenhas a poesia que te vai na alma é mesmo algo indiscritível de tão belo e generoso como na intrega e partilha com todos os demais.
A tua estrela continua a brilhar na inspiração ímpar da tua empatia, sentido e verdade....Muito mas mesmo muito belo.....Obrigado pela partilha e sorriso Mui Grande e Aberto
@azulebranco,
vale a pena escrever,sempre, quanto mais não seja para ler as palavras carinhosas que aqui deixas e, ainda por cima, sei que verdadeiras, ou não te conhecesse.
Serenos sorrisos
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