Serenidade

Sensibilidade...

29 janeiro 2011

Luz escura


(Foto de Serenidade)



Foi longa a ausência de luz,
como se tivesse enfiado um escuro capuz!
Vislumbra o Sol, que parece acordar,
de uma longa jornada de ausência, sem descansar!
Rolaram pedras em silêncios sem sabor,
limaram-se arestas entre palavras cortantes, de dor.
A escuridão não foi mais do que momentos sem luz,
uma valsa em que a Lua o Sol seduz!
O astro-rei rompeu a bruma da noite,
acordou de um prolongado período de açoite,
sentiu o peso e a escuridão,
consciente que a luz não aflui na razão!
A luz irrompe retalhada,
entre a neblina da madrugada,
acorda consciente que chegará a escuridão,
pós período de luz sadia ou imbuída de podridão.
Vagueia entre as trevas e o éden,
constrói um manto retalho que as horas tecem,
a visão, parca, endoidece-se com a agitação,
a inquietação continua no doce coração.
As pedras rolam de quando em vez,
no silêncio da luz que não se vê.
Rolaram, tornando-se de arestas precisas,
uma beldade para os que as avistam.
Altiva continua seu curso,
o sorriso, o seu melhor discurso!





"Eu penso 99 vezes e não chego a conclusão alguma, mas,
quando paro de pensar, surge a verdade."
(A. Einstein)


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