Serenidade

Sensibilidade...

11 novembro 2010

Secreta existência


(Foto de Serenidade)


O Outono chegou com pujança,
um período de renovação de forças e de esperança.
As folhas cor de telha, amarelas ou vermelhas
são um bálsamo para os olhos de quem as vê.
Não que não estejam à vista de todos seres,
mas nem todos apreciam a beleza, para com o olhar renascer.

O Outono aportou na minha secreta existência,
morrer agora, renascer amanhã com mais consciência.

Caem, aos poucos, pedaços de mim,
pedaços ocos, vazios de um nada,
preenchidos de um todo estéril.

A terra fértil, acolhe-os, acarinha-os,
analiso a mãe natura, maternal,
que os abriga com amor incondicional.

Pergunto-me porque em mim eram um vazio!
Porque me causavam tantos arrepios?!

Observo o seu retornar a um nada,
para que exale toda a sua beleza,
pós repouso revigorante e renascerem na certeza,
na consciência de que a vida tem de florir,
de novo os rostos precisam sorrir.

O Outono aportou na minha secreta existência,
repousar, revigorar, recuperar as forças de um Verão luzidio,
que nos dias passados, metamorfosearam-se em dias intempestivos,
nos dias presentes são um Outono sem fastio.

Aguardo serenamente a passagem do Outono,
que está a dar provas ser um salutar sono.

"A maior parte das pessoas vive - quer física e intelectualmente, quer moralmente - num círculo muito restrito do seu ser potencial. Todos temos reservatórios de vida aos quais recorrer que nem sequer imaginamos."

William James

RETALHOS

1 Comments:

At 12/11/10 19:45, Anonymous Anónimo said...

...que este teu outono não tenha retrocessos...

bj terno...

 

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