Serenidade

Sensibilidade...

05 abril 2006

Natureza

Chove!
A chuva cai, gota após gota.
O solo "bebe" cada uma delas, como uma dádiva que poderá amanhã não a ter.
A Natureza é maravilhosa.
Aproveita o momento presente como se fosse único e o último!
Um raio de Sol que ilumina a Terra por entre uma imensidão de nuvens " carregadas" de biliões (ou será triliões!) de gotas de água ansiosas por cair sobre a terra, dando o seu contributo para o aumento da esperança de VIDA.
Observo o meu jardim e reparo...
… como as belas Margaridas amarelas reflectem um brilho nunca antes evidenciado;
… o primeiro Íris que floresceu a querer chegar mais alto sendo, então, mais cedo agraciado pelas gotas de Vida;
… os Agapantos que embora ainda não tendo florescido tornam-se robustos e enriquecem-se para que a flor que desabrochará seja exuberante;
… os Narcisos que, apesar de já nos terem deleitado com as suas graciosas flores, agradecem a Vida, o término de um ciclo e o reinicio de outro, ou antes o contínuo da Vida, armazenando reservas nos seus bolbos para o seu período menos favorável (pois, porque o período menos favorável de uns é o mais propício ao crescimento para outros);
… as roseiras que aos poucos crescem, brotam novas folhas, espinhos e dentro em pouco uma Rosa e… aos poucos mais uma e mais outra;
… as Tulipas, cuja variedade de cores confere ao jardim um aspecto multifacetado, também agradecem as gotas e os raios de Vida;
… o cacto aloé, embora não tendo necessidade da imensidão de gotas que lhe acariciam as suas suculentas folhas, agradece, reparo como reflectem maravilhosamente os raios de Sol que acabam de passar por entre as nuvens, afinal não se pode “dar ao luxo” de reclamar e exigir as condições mais favoráveis ao seu desenvolvimento. Na Natureza não há benefícios para uns em detrimento de outros, o que é para uns é para todos; não há privilegiados nem desprezados.
… as japoneiras agradecem não só a Vida que estas gotas lhe proporcionam mas também a limpeza das suas folhas que se encontravam com muito pó por acção humana.
… e a Magnólia! Cujas flores irão dar lugar ás futuras folhas! As suas pétalas lilases exaltam de alegria pela carícia proporcionada gota após gota e por cada raio de Sol fugidio.
… não devo esquecer a relva de um verde esperança, o chorão, os jarros brancos, o rosmaninho, o alecrim, a imensidão das belíssimas orquídeas, entre outras tantas espécies que constituem o meu jardim, que vivem o momento sem se preocuparem com o amanhã, aceitam cada dádiva que a Vida lhes dá, sem reclamar, sem deixarem passar a oportunidade, sem acharem que não merecem e, aceitam o desafio da Vida, vivem o dia a dia como se nada mais existisse, como se não existisse passado, nem futuro. E… podemos/posso verificar como transparecem beleza, alegria, serenidade, Paz, enfim…. Vida.

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