Serenidade

Sensibilidade...

27 junho 2007

Sou Tudo e nada...


(Foto de Serenidade)


Ai se eu fosse pão,
seria teu alimento.
Sou uma pobre artesã.
Eu, no momento.

Ai se fosse trigo,
de espiga madura,
coração doirado,
de grande finura.

Ai se fosse anjo,
dar-te-ia protecção.
Sou pobre mulher,
de doce coração.

Ai se fosse ária,
embriagava-te de doçura,
seria teu doce licor,
sabor de candura.

Ai se fosse mar,
gota a gota te cobriria,
meu manto azulado,
sempre te aconchegaria.

Ai se fosse brisa suave,
teu rosto acarinhava,
um beijo terno daria,
sempre amanhecia.

Ai se fosse pedra,
no cortiço desprezado,
queria sentir teus pés,
meu guia angustiado.

Ai se fosse o ar que respiras,
o teu corpo percorreria,
em teu regaço me deitava,
na negra noite, adormeceria.




"Felicidade é quando o que pensamos,

o que dizemos e o

que fazemos estão em harmonia."


Mahatma Gandhi

21 junho 2007

Retrato

Espelho Tâmega
(Foto de Serenidade)


Espero por ti desde sempre
sentindo-te aqui, no presente!
Na suave brisa primaveril,
no fluxo do riacho existente!

És o tapete de margaridas
que contemplo nas serranias.
Espiga de trigo maduro,
o alimento da harmonia.

És andorinha que parte,
regressando ao seu ninho,
cuido dele com paixão,
faço dele um doce hino.

És o rio de águas cristalinas,
que nos meus olhos vagueia,
num fluir sereno e equilibrado,
em meu regaço a foz norteia.

És o barco e o veleiro,
por vezes sem orientação,
eu o mar em que navegas,
nas intempéries do coração.

És o azul do luzidio céu,
apesar da ausência de luz,
o sol que me aquece,
num abraço me seduz!

És a aprazível e melódica ária,
que faz vibrar meus sentidos,
um terno sorriso escrito,
no meu semblante irradio!

És a doce e robusta voz
que me encanta, inebria,
faz vibrar minhas células,
de esperança e alegria.

És meu reflexo no rio,
o espelho de minh’alma,
fluindo em teu doce leito,
meu corpo, então, acalma!

És trilho que faço descalça
não temo atropelamentos,
chegar a ti é o fundamento,
a causa do momento!
"As prendas mais valiosas do teu tesouro, são,
geralmente, aquelas pelas quais trabalhastes."
Fun Chang

19 junho 2007

...na procura de m(t)im

Tâmega... a companhia...
(Foto de Serenidade)


A saudade aperta o coração,
deixa-o bem pequenino,
sente-se encolhido no escuro,
esperando um manto de linho…

que afague, acaricie meu rosto,
no silêncio dos pensamentos,
na partilha dos sentires,
na delonga dos momentos.

Saudade de ti, na procura de mim,
que caminhas ao meu lado,
meu coração teu domicilio,
na saudade desmesurada.

Vivo-a, sinto-a, acarinho-a.
És tu na mais pura realidade,
longe do que possas ser um dia,
és o Sol, a Lua… na saudade.
"A expressão essencial do Amor
é o relacionamento"
John Powell

17 junho 2007

Obrigada

Desabrochou timidamente,
como uma flor esfaimada
de se dar e ver reflexos
do Amor partilhado.


Obrigada pela atenção que têm dado ao Serenidade.

Obrigada a todos que, efectivamente, visitam o Serenidade.
Hoje, um agradecimento especial para:

Juli Ribeiro,
que elegeu o Serenidade como um dos

“Blog que fala de amor”



Som do Silêncio
Zita - Entre Linhas
que destacaram o Serenidade como um blog




“Destaque Cupido Fonte de Amor”


e ainda,
Sony e Bia

que destacou o Serenidade como um
“Blog com tomates”









Obrigada!

Atribuo estes prémios a todos os que por aqui passam, a todos aqueles que escrevem tendo coração como a pena que derrama a tinta letra a letra caiando os seus espaços de afecto (ele(a)s saberão quem são) Bem hajam.

"...como dizia Einstein, Deus não joga aos dados com o Universo; tudo está interligado e tem um sentido.

Embora esse sentido permaneça oculto quase sempre,

sabemos que estamos próximos da verdadeira missão na Terra,

quando o que fazemos é tocado pela energia do entusiasmo."

Paulo Coelho

15 junho 2007

Espelho de prata


Amarante no Tâmega

(Foto de Serenidade)


O feitiço da lua fez-me crer,
no trilho derradeiro,
o luar, o tapete de prata
nas noites sem luzeiro.

Ausenta-se a lua nova,
não sente a imensa dor
corpo espalhado ao relento
aprisiona longínquo amor.

Na ausência do Sol,
a Lua pressente a dor,
leva na brisa a melodia,
ao coração o seu amor.

Ah Lua que me embriagas,
com tuas dúvidas e ilusões,
ora estas ao meu lado,
ora nas imensas divagações.

Olho-te de soslaio,
envolves-me com tua doçura,
viajo nos teus sonhos,
arrastas-me na loucura.

A espera da luz a inquietação,
tal o desabrochar da flor,
o manto de prata que me abraça,
é só ternura e imenso amor.


"O Amor é a asa que Deus deu à alma
para ascender ao infinito."
Miguel Ângelo

11 junho 2007

Alegria no silêncio


(Foto de Serenidade)


Silêncio me aconselha,
abre teu doce coração,
deixa o imprevisto aportar,
acolhe-o com paixão.

Olha os rebentos que emergem,
chegam das entranhas sombrias,
nunca deitaram ao vento a esperança,
alcançando a cobiçada alegria.

A felicidade o documento requerido,
na jornada de ócio almejado,
no fado de todos os seres,
irradiar a luz aprisionada.

O passaporte inter galáctico,
imprescindível no presente,
no amanhã vivenciado,
no sempre existente.

Ah alegria que pulas no meu peito,
vai ao encontro do Sol dourado,
da Lua de prata vestida,
no mar teu espaço abençoado.

No silêncio da alma te encontras,
em cada recanto do Universo,
nos seres de luz a expressão,
contigo neste abismo imerso.
"Numa certa perspectiva,
é possível VER TUDO sob um aspecto POSITIVO."
Dalai Lama

09 junho 2007

Para TI...


Uma bonita Flor nasceu...









(Foto de Serenidade)

... reflectiu sua Luz no olhar do Mundo...



...hoje...

.... no nosso dia a presenteio...

...uma flor para uma Flor!
Para Ti...
...Saturno - Sara.

Muitos Parabéns

(a todos os aniversariantes de HOJE!)
Obrigada!



"Todas as idades são boas para fazer florir um ideal"



05 junho 2007

Retalhos de mim


(Foto de Serenidade)


Réstias de retalhos de mim,
gritos surdos de alegria e dor,
murmúrios apregoados ao vento,
uma súplica com tanto louvor!

A cigarra canta na noite escura,
timbres ecoados, voz apagada,
na ausência da feiticeira lua,
encontram-se os amantes apaixonados.

As palavras por proclamar,
voam ao sabor da ventosidade,
embatem no rochedo da saudade,
voltam a mim... que felicidade!

Pedaços de locuções sem letras,
rios de águas estagnadas,
lagos de prantos correntes,
almas sentindo-se aprisionadas.

Uno bocados magníficos de mim,
espalhados na suave aura do mar,
acarinho-os com imensa meiguice,
no meu regaço … para os amar.

Profiro-lhes palavras recolhidas,
a aragem do além me conduziu,
enaltecem de sublime gáudio,
no meu ser, que então, sorriu!

"O coração do Homem é um instrumento de muitas cordas.

O perfeito conhecedor da pessoa

sabe fazê-las vibrar todas, como um músico."

Charles Dickens

01 junho 2007

Vã distância


(Foto de Serenidade)



A distância a ilusão,
de estares longe de mim,
aqui do lado a certeza,
de te ter até ao fim.

Permanência é fantasia,
que vive no coração,
tua existência, inconstância,
tal qual a estação.

És Primavera viçosa,
Verão caloroso,
Outono fatigado,
Inverno em repouso.

Ciclos vão e vêem,
tu chegas e vais,
na distância dos sons,
os sentires são ais.

Ah demora que não existes,
leva-me contigo no vento,
no teu ciclo de vagas,
dilacera o vão tempo.

"Tudo o que somos e temos hoje
é o resultado daquilo que pensamos
e sentimos no passado."

Jack Canfield

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