Serenidade

Sensibilidade...

11 março 2007

Menina...Mulher...

(Foto de Serenidade)

Recordo com melancólica alegria
os momentos de menina
uma alma aprisionada
um corpo amedrontado na vida.
Uma tímida garotinha
atenta a todos os demais
encarregue de acudir
a quem quisesse mais.
Assim entendia … tinha de ser
contentar tudo e qualquer
para acolherem a criança
em seus colos a envolver.
Carinho o só almejado
na beleza da singela flor
ameigada nas pequenas mãos
como tesouro valioso… o amor.
Pequena na grandeza do seu ser
era rainha do seu jardim
cuidava seus dependentes
como se o hoje fosse o fim.
As ervas daninhas retirava
com delicado cuidado
entendia sua sede pela vida
deposta na sã terra … a meu lado.
Alma enclausurada em frágil ser
viajou até hoje… sem notar
o caminho entre elas não existe
ambas percorrem a jornada a amar.
Recordo a jornada
anos de ilusória clausura
esteve sempre tão presente
ambas são só ventura.

22 Comments:

At 11/3/07 01:20, Blogger Elsa Sequeira said...

Olá Linda!!!


Tá muito lindo!!!
Ai nem sabes o que gosto de mimosas!!!


beijinhos!
:)

 
At 11/3/07 12:30, Blogger * Ju * said...

pois... crescer é dificil, mas ser criança também não é fácil... o ideal por vezes era poder voltar aos tempos passados... às vezes dá uma saudade de ser criança de novo... de ser "ameigada nas pequenas mãos
como tesouro valioso - o amor"
se bem que agora, também me sinto assim :):)

beiju grande*
lindo, como sempre*

 
At 11/3/07 12:55, Anonymous Anónimo said...

Bem...

Precisamos urgentemente de ficar aprisionados ao tempo de criança, pelo menos em determinadas alturas,em que o "adultice" estraga aqueles momentos tão preciosos que nos acontecem... e que perdem o brilho aos olhos dos adultos!

É urgente estar atento!

1 beijo menina-mulher =^.^= tarina

 
At 11/3/07 15:55, Blogger luna said...

não tenho palavras para comentar algo tão bonito... sem palavras
mas existe sempre uma criança dentro de nós...
kiss luna

 
At 11/3/07 18:22, Blogger david santos said...

Olá!
Bom trabalho! a Imagem assenta que nem uma luva.
parabéns

 
At 11/3/07 22:13, Blogger Pepe Luigi said...

Que beleza de poesia que nos mostra a não menos beleza de crescer com todas as suas dores, lamentos, fragilidades, bem como também a necessidade do próprio crescimento!
Muito bonio.

Um beijinho
do Pepe.

 
At 11/3/07 22:56, Blogger Lia said...

Revi-me na tua menina, que cresceu tão depressa e percorreu essa jornada.

A saudade dói, sabes, principalmente porque esse amor só o poderei encontrar numa próxima vida, já que o destino encarregou-se de nos separar.
Dói, dói não o ter perto e querê-lo a todo o custo, e não sabê-lo onde...

Mas haverá uma outra manhã...
Obrigada pelo carinho, pelas palavras... obrigada

Beijinhos

 
At 12/3/07 02:47, Blogger Juℓi Ribeiro said...

Carla:

Linda foto!
Maravilhosos versos!
"Adorei esta parte:

"Carinho o só almejado
na beleza da singela flor
ameigada nas pequenas mãos
como tesouro valioso…
o amor"

Ainda bem que dentro de nós
mora a criança que um dia fomos.
O nome dessa criança é esperança
e nos fortalece.

Como sempre você nos presenteia
com o seu talento e sensibilidade.
Belíssima poesia!

Beijo.*Juli*

 
At 12/3/07 04:36, Anonymous Anónimo said...

Passo não com a obrigação, mas com um prazer imenso em visitar esta magnífica página, cheia de qualidade e bom-gosto, que tanto aprecio e estimo, tal como esta magnífica poesia. Bom fim-de-semana.

 
At 12/3/07 08:25, Blogger Nelson Ngungu Rossano said...

Ser criança, ingenuidade, pureza...

"Pequena na grandeza do seu ser
era rainha do seu jardim"

Bonito =)

Beijo

 
At 12/3/07 08:57, Anonymous Anónimo said...

Menina... Mulher ... o tempo passa , mas as memórias ficam.
Beijito.

 
At 12/3/07 09:10, Anonymous Anónimo said...

De pequenino se torce o destino....saudade palavra bem portuguesa quem não a tem....não deixes de se quem és, a saudade não deixa de ser saudade....o presente é a vida ....vai força vive acom alegria, como é bom sentir-te serena nesse teu encanto de escrever....sorriso para ti

 
At 12/3/07 10:03, Blogger Branca said...

Recordamos, sorrimos, e
alegramo-nos por caminharmos ainda...
Caminhamos em frente, com a certeza que essa menina cresceu e que somos o que de melhor dela surgiu...
Não fiquemos só pela recordação,
manifestemo-la,
mesmo sem a vermos ela está aqui...
Vivamos para um dia igualmente recordarmos esta fase saudosamente...

Boa semana! Beijinhos

 
At 12/3/07 11:43, Blogger Isabel José António said...

Querida Amiga,

A alma nunca que se quer presa. Enclausurada num corpo humano, tem dificuldade em expressar-se.

Se nós que somos a CONSCIÊNCIA, soubermos que assim é, podemos sempre aperfeiçoar tudo o que é físico bem como a nossa personalidade, não só para lhe dar guarida mas também permitir que ela se expresse.

Se assim fizermos ficamos (ou temos tendência para) mais aptos a permanecermos com esse brilho nso olhos semelhantes aquele que uma criança possui naturalmente e depois, pelos condicionamentos da vida, perde.

No entanto esse seu poema é magnífico.

Tem que ter cuidado, tal como eu faço, quando tiver que tirar sangue para análises clínicas. A profissional ao introduzir a agulha na veia, se não o fizer com cuidado, ainda lhe fura a "veia poética" e depois como vive sem ela?

Tenho "n" poemas feitos e outros em congeminação. Porém, obrigo-me a parar um pouco.

Um grande abraço e boa semana.

José António

 
At 12/3/07 12:28, Blogger Vivendo e aprendendo.... said...

Olá!

Como sabes sempre que posso passo por este teu espaço para dar uma espreitadela... e ter noticias tuas.
Gosto muito dos poemas... e nos últimos dias das fotos que aqui tens colocado... Estão fantásticas... :)

Parabéns..

Beijinhos

 
At 12/3/07 13:07, Blogger Isabel José António said...

Querida Amiga,

E para não a sentir tão triste, como por vezes transparece, deixo-lhe aqui um poema que está num post nosso de Abril de 2006:

A FONTE

Procedamos à divisão da mais ínfima partícula
Que anda no céu a pairar para se poder ligar
Sem consternação, sem faltar nenhuma vírgula
A tudo o que anda no ar e está por se revelar...

Essa divisão que se faz, já não pode ser chamada
Matéria como a concebemos, ou já a sabemos!
É campo, uma onda, porção de energia condensada
Que tudo cria, tudo renova e já não a vemos...

É nessa imaterialidade, nesse tudo, nesse nada,
Que o Todo concebeu a sua Manifestação!
Deu início a esta grande e Eterna Jornada
Como um sopro cósmico da sua imaginação...

Criou formas, substâncias e aparências...
Deixou que tudo fluísse energicamente...
Deu-lhe um fio condutor para as exigências
Das dificuldades, que são postas pela mente...

E nesta complementaridade entre tudo,
Neste único processo, eterno e infinito,
Não há vida nem morte e contudo,
Soltamos a cada passagem, nosso grito!

José António


Um grande abraço

José António

 
At 12/3/07 15:37, Blogger Cátia said...

Menina... mulher...
Que anda pelos campos
Como se do seu reino se tratasse
Que trata as ervas
Como as flores mais belas
Menina... mulher...
que ouve os passaros cantar
e lá vai a associar
com uma alegria desmedida!
Menina... mulher...
Que vive simplesmente
Sem distinção
de cor ou religião...
Menina que virou mulher
essência de mulher...
Simplesmente mulher...

Um grande beijo para a menina que vive em ti, e para a bela mulher que és!

 
At 12/3/07 15:50, Blogger Plum said...

Eu serei simultâneamente menina e mulher para sempre!*

 
At 12/3/07 23:14, Anonymous Anónimo said...

"Cusquei" as tuas manias..
Vejo que somos parecidas em algumas coisas... nomeadamente nos livros e nos bichos carapinteiros
LOLOLO

1 beijinho primaveril =^.^= tarina

 
At 14/3/07 21:25, Blogger A. Marinho said...

A criança e o adulto que há em nós manifestam-se em situações diversas. Todos temos uma parte adulta e uma menos adulta...e como gostariamos de viver certos momentos de criança...
fica bem

 
At 15/3/07 12:18, Blogger Pierrot said...

Retenho...

Alma enclausurada em frágil ser
viajou até hoje… sem notar
o caminho entre elas não existe
ambas percorrem a jornada a amar.


A vida é uma viagem que nem se nota
Quando paramos, já estamos bem longe, numa paragem ou estação que por vezes desconhecemos por completo...

Bjos daqui
Eugénio

 
At 8/5/09 01:48, Anonymous Anónimo said...

Aqui (nos teus poemas) relembro o que é essencial à vida e o que realmente lhe dá sentido!
Obrigada

Rita

 

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