Serenidade

Sensibilidade...

23 fevereiro 2012

volúpia

(Foto de Serenidade)



Percorro os sulcos da minha pele,
tacteio cada pedaço com a ternura que me impele,
a verbalizar a vontade que sejas tu,
a aventuraste na procura do baú,
do que tenho de mais precioso,
o que auguro auspicioso.
Acarinho cada bocado de mim,
concedo-lhe a malícia de um toque de cetim,
de um prazer secreto
num retiro desértico.
Sinto bem perto a aridez,
de uma estéril gravidez,
carregada de um deleite solitário,
alvo e esquecido num canto lendário,
numa melodia a duas vozes cantada,
num corpo dançado!
Percorro os sulcos do tecido que me veste
retiro-os para viajar até ao infinito celeste.



"O paraíso é poder dizer: cometi alguns erros, mas não fui covarde. Vivi a minha vida e fiz o que devia fazer."

in O Aleph de Paulo Coelho´


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