Serenidade

Sensibilidade...

23 abril 2010

Um dia pela vida


(Foto de Serenidade)

Invadiste o meu canastro,
sem permissão deixaste teu rasto.
Pouco a pouco ganhaste terreno,
conseguiste que me sentisse ermo.
O chão que pisava com algum sentido,
transfigurou-se em areia movível.
Para quê sorrir se o amanhã é ilusão?
Para quê caminhar ao Sol se para tal não há razão?
Para quê lutar se poderei perder?
Ou será que o final poderei escolher?
Vislumbro um túnel de sabor amargo,
ao fundo, um sorriso e um grito ensurdecido do meu fado,
que suplica para que não deixe de caminhar,
muito menos de me amar.
Uma luz volta a ressurgir,
o intruso há-de ir a fugir,
serei mais forte que a fortaleza que de mim apodera-se,
serei a luz que a escuridão invade.
Com um sorriso sereno, sincero,
por ti, por mim, por nós, deixo a vida fluir
com a certeza que no amanhã estarei a sorrir,
o intruso aniquilado pela grandeza do amor,
que se renderá às evidências com rancor.



"Aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espectacular."

Shakespeare

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