Serenidade

Sensibilidade...

03 fevereiro 2008

Palpita a inquieta inquietação

(Foto de Serenidade)


Âmago corpóreo, corroído, na inquieta fragrância,
agitaram-se os fluidos da louca correria, na distância.
Há um pronuncio de uma voz muda. A mente?
Falácia do eco do meu amar, evidente.
O céu proclamou disposições,
archotes dispersos na iluminação,
deuses submetidos ao preparo do festim,
de ensejos que se pretendem sem fim.
Encurta-se o tempo da demora,
contrai a separação nas horas dilatadas,
palpita nas vísceras ritmadas,
o encontro da inquietação inquietada,
na sublime defrontação das ritmadas passadas.
A convergência sentida, vivida,
transmuta-se na par direcção prosseguida.
Mesclam-se verbais partituras,
confundem-se os distintos murmúrios,
unem-se as vozes num só pronuncio,
o rumor do timbre do amar,
Universo assegura conquistar.



"Nada fortalece mais a vontade do que fazer diariamente algo de acordo com uma intenção firme e oposta ao que é habitual e aceite pelo ambiente."
Paul Brunton

10 Comments:

At 3/2/08 13:40, Blogger Silvia Madureira said...

Este texto transmite uma força e uma energia indescritível...
Além de muito bem escrito, fala de mudança, de força, de procura e tudo isto pode ser resumido na palavra amor.

beijinho

 
At 3/2/08 14:34, Blogger Divinius said...

Poesia é sentir...não interessa a complexidade de como se escreve o que interessa é o que se passa...
É o que se faz sentir
Alguém que pense sabe que assim é...Fernando Pessoa tinha uma escrita simples o resto...nem por isso...
Bj:)

 
At 3/2/08 18:33, Blogger Joseph 1 said...

Carla,
Olá

Brigado pela visita.

Este poema, dos tais que me dá a volta aos neurónios, está quase, quase a chegar lá.

O poema é lindo, e nota-se a procura sobretudo do amor, que é como eu gosto de te ler...

"...palpita nas vísceras ritmadas,
o encontro da inquietação inquietada,
na sublime defrontação das ritmadas passadas."

Só tu.

Tens um award à tua espera no meu blog, está mesmo no início do blog. É teu. Ofereci-to por isso quando puderes leva-o.
E aproveita para levares um dos selos de link que tenho, junto à minha foto, pois ainda não o levaste.

Beijinhos** ternos, querida amiga.

 
At 3/2/08 20:18, Blogger Black Rose said...

O eco do amar junta as placas tectónicas que separam os continentes do Amor criando assim um só mundo, e assim permanecerá...

 
At 4/2/08 10:48, Blogger BF said...

Muito bonito esta tua inquetação inquetada....

Beijinhos
BF

 
At 4/2/08 13:28, Blogger Menina do Rio said...

E nesse encontro inquieto que as horas se dilatem e que a espera seja breve...

Um beijinho de boa semana

 
At 4/2/08 14:32, Blogger Secreta said...

O "amar" tudo conquista, tudo!
Beijito :)

 
At 4/2/08 18:01, Blogger Fragmentos Betty Martins said...

________________minha querida



_________"inquietação"___________o rumor do timbre do amar_______...


_________Os nossos cépticos eruditos nos dirão que estes êxtases espirituais são meros distúrbios do sistema nervoso e os médicos provavelmente os rotularão de "excesso de pressão sanguínea" ou outra coisa. há os que quererão investigar estas asserções num solene conclave

______mais sábios seriam______no entanto se investigassem os seus próprios eus________...


(Paul Brunton)






beijO c/ carinhO

 
At 4/2/08 18:10, Blogger Reflexos said...

Este poema transmite uma energia de semelhante maneira que n da para explicar.
um poema muito bonita

obrigado. tu também escreves muito bem.
BJ
ABC
vive uma vida xeia de REFLEXOS.

 
At 6/2/08 08:48, Anonymous Anónimo said...

Inquietação vida,amor, e outras venturas e amarguras prometidas ou não pela vida e na vida nos encontram nos nossos caminhos, ao encontro dos nossos passos, nas ruas e vielas nos recantos onde por vezes criamos nossos espaços,nos sentidos, sim, sempre nos sentidosque nos dão a ilusão de estamos envolvidos por medos e coragem nessa dicotomia da vida que nos faz tremer e nos causa desespero e inquietação como a vida e a morte o sossego e a agitação e a surpresa que um dia há-de chegar....
Muito interessante, bem delineado e com força...Sorriso grande para ti... É mesmo um privilégio poder ler-te

 

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