Serenidade

Sensibilidade...

14 junho 2006

Ela bate á porta e, num momento de distracção, deixo-a entrar.
Não que queira. Mas… como quase sempre… limito-me a deixar que a vida me conduza em vez de conduzir a vida.
Somos nós que fazemos as coisas acontecerem. Não há coincidências, nem acasos que sejam completamente independentes de nós. Tudo o que temos, ou deixamos de ter, é inteiramente da nossa responsabilidade. Só que o ser Humano procura sempre desculpa-se alegando que é o acaso, que não teve culpa porque há coisas que não são controladas por nós, que foi uma triste coincidência…ou feliz (depende do contexto)…
Mas tudo o que temos ou deixamos de ter é da nossa inteira responsabilidade. Poderemos não identificar imediatamente o que nos leva a viver determinada situação, a passar por determinados problemas, mas há sempre, consciente ou inconscientemente, uma razão para tal. Poderá até nem ser uma razão de agora, de um passado próximo, poderá ser de um passado longínquo.
O grande problema está em, primeiro identificar o que nos leva, vezes sem contar, a viver determinadas situações que nos desagradam e, em segundo lugar, conseguir dissolver essas razões. Não se trata de esquecê-las, isso não resolve, é fundamental resolvê-las pela raiz. Por exemplo, se o problema está em perdoar alguém, não adianta de nada dizer que já perdoamos! Porque ao Universo (Deus, Jesus, Moisés, etc.) não se pode enganar. Ele apercebe-se se é de coração, e se é de coração então começamos a fazer coisas que demonstram isso mesmo. E…logo de seguida os nossos problemas, condicionados por essa razão, desaparecem sem mais nem porquê.
É um processo tão complicado!
Há pessoas que nem querem pensar nisso. Alegam que não vale a pena pensar nas razões de determinadas situações. Que é tudo muito complicado. E… o que é que acontece? Essas pessoas estão constantemente a vivenciar situações que têm todas uma base comum e que resulta do facto de não querem pensar no que as impele a essas situações. Têm medo? De quê? De descobrir algo que as desagrada? Mas, o que é que poderá desagradar mais do que vivenciar sempre as mesmas situações, ou parecidas? Não gostam de olhar para si próprias? Porquê? Porque terão medo de se conhecer melhor?
Todos temos coisas que esquecemos, propositadamente, para, supostamente, não sofrermos! Mas se isso está indirectamente a fazer-nos sofrer porque não chamá-las ao consciente!
O grande dilema de sempre:

Quais são essas coisas? (cada um terá as suas!)
Como dissolvê-las??

4 Comments:

At 15/6/06 00:46, Blogger maktub said...

tens toda a razão, o dificil mesmo é identifica-las e saber como soluciona-las ...
mas deixa-las no bau escondido no sotão das nossas recordações de certeza não é o melhor, podem escapar-se quando menos se espera e o mal-estar que nós cria é muitas vezes superior.
enfrentar as coisas por mais dificil que sejam é sempre a melhor solução, por vezes a mais dolorosa tambem.

 
At 15/6/06 15:19, Blogger teresa.com said...

tomara termos o poder de dissolver tudo o que nos incomoda... como nao podemos faze-lo, o segredo é aprender a viver com isso... nao fingir que nunca aconteceu mas sim aprender com tudo aquilo em que tropeçamos ou deixamos entrar por acaso...

 
At 15/6/06 20:15, Blogger Zé Miguel Gomes said...

Um dia de cada vez, com atenção ;)

 
At 17/6/06 22:34, Blogger A. Marinho said...

Bem para dissolver os problemas podes usar por exemplo...um ombro amigo, um local sereno, um passeio alegre....e sei lá mais o quê...
Bjs.

 

Enviar um comentário

<< Home

Free counter and web stats