Serenidade

Sensibilidade...

29 outubro 2009

Incontrolável


(Foto de Serenidade)


São dias, semanas e anos
em que momentos há, de sobreposições de camadas,
umas de bela ternura, outras de terrível angústia.
Instante pós instante,
acumulamos finas porções de momentos bem vividos,
intercalados com outros escusados.
Serão estes assim tão dispensáveis?
Serão eles o motivo da nossa evolução?
Porquê tanta revolta em vez de compaixão?
Sim! Compaixão, por ti que estás imbuído no sofrimento,
não vês a luz que está à tua frente
apenas a tempestade do momento!
Sim, comiseração por ti que sofres antecipadamente,
envelhecendo prematuramente.
Piedade pela tua ausência de capacidade de confiar na Vida,
caindo na incompreensão de que nada é controlável.
Retira, porção por porção,
cada uma das pesadas capas com as quais te dissimulas.
Verifica o quão leve, ágil, confiante e amável te manifestas,
e… confia, confia, confia, nada acontece por acaso!


"A lâmapada brilha quando estão limpos pavio e óleo. Para limpá-los requer um limpador. A chama não sente o processo da limpeza. "Os ramos da árvore são sacudidos pelo vento; o tronco permanece imóvel."
H. P. Blavatsky

2 Comments:

At 29/10/09 21:31, Blogger Pisciano said...

Quase tudo existe aos pares... normalmente antagónicos!

Concordo com a ideia, a qual tento praticar na minha vida em todos os momentos:

Devemos exercitar a capacidade de acreditar na Vida... que a partir daí as situações são momentos oscilantes entre os dois lados.

E de facto, tirando as capas, máscaras e outras formas de dissimulação, é tão mais saboroso vivermos a vida pelo que somos, do que por aquilo que escondemos!

Gostei muito :)

 
At 30/10/09 23:22, Blogger gaivota said...

um lindo poema para meditar e deixar votos de um bom fim de semana
beijinhos

 

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