Serenidade

Sensibilidade...

27 outubro 2008

Rio de emoções


(Foto de Serenidade)


Corre apressada. Sai da fonte,
investe no sabor da corrente,
rodopia nos meus braços,
beija meus lábios de frente.

Soltou-se na doce exultação,
acolhimento da contemplação,
formosura nos meus olhos aportada,
do sufoco em meu coração.

Queriam elas, serenamente, correr,
desleixadas atingindo minha face,
reprimidas, não rolaram,
na tua presença o interface,

entre a serena miragem do rio agitado
que galgaria rochas e pedregulhos,
e a certa evidencia do riacho límpido,
de lágrimas em que, aquieta, mergulho.

Sereno és, entre madrugadas desinquietas,
e as esperanças no pôr-do-sol depositadas.
És minha doce e constante alegria,
no alvoroço do rio agitado dos dias.

"Não existe um caminho para a Paz, a Paz é o caminho"
M. Gandhi

23 outubro 2008

Apressa-te!

Passiflora - flor da paixão
(Foto de Serenidade)



Vem depressa. O tempo se esvai!
Apressa-te a tomar a minha mão,
delgada, suave e solitária,
incrustada de calorosa emoção.

Fechada, deixa fluir a luz do dia,
à noite se abre, acariciando o encontro,
entre a alma do dia e o ser que é,
na obscuridade, o delicioso afronto!

Vem, rápido, apressa-te antes que a luz volte!
Vem deliciar-te com a maravilha escondida!
Por trás do véu da representação teatral,
está uma serena estrela luzidia, emotiva.

Apressa-te a pegar a minha mão,
nela tens meu coração.
Abre-a! Vês a emoção?
Que é tua. Sim, é. Sem razão!
Que há de mais importante que ouvir uma música, fechar os olhos e dançar como se ninguém nos estivesse a ver?

15 outubro 2008

Ando por...


Foto de Serenidade

Passeio entre vales e montanhas,
entro no jogo do tempo,
entre a procura da sorte e a sua ausência ter,
opto por, com significado, viver!
Viajo entre sonhos já concretizados,
e os ressentimentos no coração marcados,
dou largas à ávida imaginação,
não temo o que anseia meu coração.

Vou andando como quem nada quer,
sentindo que muito quero fazer!
Por vezes, entro nos vales profundos,
outras há, que subo às montanhas fecundas.
Meus braços agitam-se na subtileza do agir,
meu corpo anseia por, extenuado, sorrir.

Passeio entre o Céu e a Terra,
juntos são o meu lar,
onde persiste o amar!



"Amanhã é tarde. O agora é o momento!"

09 outubro 2008

Sou mulher


(Foto de Serenidade)


Submissa aos encantos ilusórios do verbo,
rebelde no operar de ânimo soberbo.
No trato com os pequenos, maternal,
aventureira na proeza de explorar o especial.
Impulsiva no querer,
racional de no medo me perder.
Poderosa no ânimo carinhoso,
ignorada pelo vistoso insidioso.
Sou mulher enfeitiçada,
eternamente enamorada,
na vida que é minha,
o amor que até mim caminha.
"Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer da vida.
Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei."
Autor desconhecido


06 outubro 2008

Hoje!

(Foto de Serenidade)

Quero sentir-te,
tocar-te,
amar-te!
Na beleza do amor,
experimentando alegria e dor,
sentir teu suave calor,
e na sede do teu beijo
ser o leito do teu desejo.
Toca-me,
sente-me,
ama-me,
como ontem,
como hoje,
e, no amanhã,
reviver o amor vivido,
no momento enaltecido.



"A verdade nunca é injusta, pode magoar, mas não deixa ferida."
Eduardo Girão

01 outubro 2008

Poesia, és minha arma! (II)

(Foto de Serenidade)



És minha verdadeira amiga
a expressão da emoção sentida.
Cúmplice da agitação
do êxtase do coração.
Conivente na união
nunca aceita a solidão.
Une as letras e o homem
as lágrimas que consome.
Absorve a comoção
no papiro a sensação
da amizade sentida
do amor reflectido.
No verbo a enunciação
da arma em acção.




"Talvez um dia venha a sofrer uma injustiça.

Mas jamais assumirei o papel de vítima."


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