Serenidade

Sensibilidade...

27 abril 2007

Gaia Pausa Geb


(Foto de Serenidade)


Pausa


Harmonizar

Sentir
...

(Foto de Serenidade)


Os céus ocultam num baú dourado,
cores que pintam o horizonte,
derramam-se na Primavera risonha,
nos seres que habitam os montes.

Do firmamento avista-se um arco-íris,
abonando Gaia… um quadro cintilante,
o negrume oprime-se pela luz,
o renascer da vida é apaixonante!

Atum, Universo, tossiu e chegaram,
quem tem tudo para ser magnifico:
Geb que alberga a maravilhosa vida.
Nut que envolve e a liga ao divino.

Dos céus embatem os nutríeis raios,
nas serras vê-se neve em esteva figurada,
o resplandecente lilás rosmaninho,
o verde seco da espiga fortificada.

Nut acarinha um a um dos seus iguais,
envolve-os em fino manto de ternura,
a veste que Geb alegremente exibe,
com as agruras não compactua.

Todo o Cosmos contempla Gaia,
sua beleza esplêndida, exuberante,
seus seres são círios enclausurados,
o azul luzente mostra como é abundante.

25 abril 2007

Falo-te...

Barragem do Azibo
25-o4-07

(Foto de Serenidade)


“Fala-me de Amor” diz com ternura.
Pedido do coração que em tudo compactua.
A alma em clamor, grita a todos os cantos,
o canto do louvor, da afeição que é tua.

A viva afeição que me impele para…
rabiscar melífluos e graciosos termos,
a ti destinados, doce e robusta criatura
um lado esquerdo ameigado queremos.

Serenidade é o Todo e … … Una!
Inclinação da alma e do coração,
a emergir o vigor da aceitação,
de uma lenda de exaustiva paixão.

Inclinação exclusiva, fogosa, para …
Não é, já, servidão, nem obsessão,
o Amor fala-me do lado esquerdo,
claro e recto pra ilusória projecção.

Graça que sempre o foi, é e será!
O Amor não é, nunca foi, hesitação,
é acção de uma alma expressiva,
no coração do Homem a emoção.
Serenidade

23 abril 2007

Faz Pensar


Serenidade foi nomeada pela Praia do Destino, como um blog que faz pensar.
A alma faz pensar…

Almas aprisionadas na courácia
almejando sua sublime expressão
requerendo encontros autênticos
que revitalizem a paixão.




Nomear cinco blogs que me façam pensar não é difícil. Alguns dos que me fazem pensar já foram nomeados. Os que elejo apresentam conteúdos muito diferentes, mas que me deixam sempre a pensar:

Littledragonblue
Miudaaa
Noite de Mel

Pensar mui alto
Tretas e letras


Os nomeados devem colocar o selo no seu blog e nomear também cinco blogs.


Muito obrigada a todos os que por aqui passam.
Serenidade.

21 abril 2007

Invento de almas... imprescindível!

(Foto de Serenidade)

Alma que não se expressa,
mente contrariando o coração,
palavras saem arredias, a tropeço,
sem noção da grandeza da explosão.

Saem palavras fétidas de desamor
ilusões e contradições que irradiam
de uma alma sequiosa por exalar
todo o amor e alegria que iluminam.

O espírito pobre de exultação
aprisionado pela devassa razão
não alcança o calamitoso coração
que exausto eleva a comiseração.

Sabedoria requerida, ambicionada,
mente imbuída de ferramentas estéreis,
a alma conhece o Todo na unicidade,
coração almejando renovada génesis.

Pensamento revigorado e renovado,
é deveras mais que urgente,
embora não sendo o bastante
a execução torna-se premente.

A vontade acima do impúdico desejo,
é a força do ânimo ambicioso,
a ideia transmutada em firmeza,
é laboração do ser escrupuloso.


15 abril 2007

...


(Foto de Serenidade)


Solidão é ilusão, que tolhe o coração,
criada pela razão egocêntrica, desvairada,
aprisionando a alma em si magnífica,
que se expressa deveras apaixonada.

Vento que leva a folhagem de um Outono,
que já não o é, para o voltar a ser,
fronde que vai e vem dançando na maresia,
que ao longe sente, possível parecer.

Primavera trás a alegria, na alucinada solidão,
vivendo a exultação da união separada,
melancolia de um sentir sem sentido,
é observar o gáudio da natureza expressada.

Calor torra o corpo, aquece o coração,
de um gélido lado esquerdo transmutado,
a alma clama de sofridão enclausurada,
a energia que sai sem pedir ou ser convocada.

A semente alimentada quer germinar,
anseia o teu Sol, alegria e determinação,
tua luz, que em arco-íris transmutas,
é o Todo, muito mais que mera paixão.

Simplesmente ama o que até ti vem,
bem-querer não precisa ter razão,
adorar mais que nunca a união… urgente,
que o Astro-rei calcine a compaixão.

A solidão é alucinação da mente,
aprisiona o lado esquerdo enregelado,
é martírio de um céu sem estrelas,
de um Olimpo de deuses privado.

13 abril 2007

Aqui e agora...


(Foto de Serenidade)

Quero ser menina – mulher,
brincar contigo e nos teus braços morrer,
de tanto te querer, de tanto te acariciar,
e no fim de tudo contigo desfalecer.

Quero ser fortaleza para contigo lutar,
ir ao fim do mundo, ao fundo do mar,
no Universo viajar, deambular,
e no desfecho da senda contigo ficar.

Quero ir ao nono andar e de lá vislumbrar,
do alto da Torre do Castelo visionar,
as nuvens a pairar, os pássaros a voar,
as sementes a brotar … tu a chegar!

Quero ser eterna mulher - ninfa,
dos sonhos meus, em que tu és Rei,
avatar do nosso mundo, ilusório,
mas, neste orbe terreno de ti serei.

Quero ser mulher mãe extremosa,
de lacrimosos olhos … sorridente,
sentir a exultação e ternura,
de um ver e sentir vigente.

Do querer tenho apenas o agora,
mais importante que o devir,
neste instante vivo uma abundância,
no amanhã será o que tiver de vir.

11 abril 2007

Caminhos!


(Foto de Serenidade)


O caminho há que percorrer,
em terra enlameada batida,
rua de paralelepípedos feita,
estrada lisa enegrecida.
O percurso é como é,
desfecho de acções passadas,
das palavras proferidas,
das acções aprisionadas.
A consciência que o devir
se deve ao agora praticado,
é motor de mudança ansiado,
para o amanhã esperançado.
Não há lágrimas que curem,
desculpas que o coíbam,
que sarem o mal feito,
que amanhã não o permitam.
Mil e um caminhos existem,
mil e um percursos a trilhar,
mil e um desencantos sentidos,
não sabemos qual abençoar.
Todos passíveis e perecíveis,
não há que reclamar a opção,
escolhendo o caminho enodoado,
a rua empedernida ou a via do negrão!

Olhar para o agora é premente,
se queremos o amanhã risonho,
eleger a Alegria e o Amor
em cada momento tristonho!

09 abril 2007

Fragmentos...


(Foto de Serenidade)


Fragmentos de mim, retalhos ocos,
pedaços recheados de tudo e nada,
parto-me e reparto-me pelo Universo,
vagueio entre gotículas de água salgada.

Entre o Todo e o Nada vou passeando,
entre frequências de hertz variados,
procuro a sintonia passo a passo,
nas lembranças deambulando!

Uno-me e desfaço-me em mil e um nacos,
aprecio cada ensejo ensaiado,
numa peça de teatro incluída,
espero o exame final apropriado.

Reparto-me por aqui e acolá
sinto-me una, inteira a cada instante,
sintonizo-me com as vibrações,
o tudo e o Todo é apaixonante!

Fragmento-me enquanto me Uno,
o encontro ansiado acontecerá,
no momento mais apropriado,
a alma aprisionada exultará.

05 abril 2007

Estranho!

(Foto de Serenidade)

Estranha forma de estar?! Estranha forma de ser?!
Estranho seria a noite sem estrelas,
as manhãs sem Sol…
não estar contigo… ah como é estranho!
Estranho quando choro, quando sorrio!
Estranho! Em cada passo me sinto solitária.
Minha sombra me acompanha.
Sou eu e só eu … só!
Estranho! O céu chora e sorri!
Caem gostas de água que limpam meu rosto.
Minha alma se liberta!
Coração se engrandece!
Água salgada, pura, purifica-me!
Tão bom sentir essa água saltar da fonte,
descer a encosta e no meu regaço acolhê-las… com Amor!
Água que branqueia meu coração,
de onde um arco-íris magnifico se eleva até …
lá… onde somos todos Um!
Estranho! Em cada momento que estou vivendo, estou morrendo!
Em cada passo sinto-me renascer!
A metamorfose é dolorosa.
A bela borboleta, formosa como só ela consegue…
está abeirar! Larva negra, rastejante, liberta-se instante a instante.
Morre para renascer!
Estranha forma de avultar! Estranha forma de alar!
Estranho quando choro, quando sorrio!
Morro e renasço a cada instante!
Porque… assim é …

QUE OCORRA UM RENASCIMENTO EM CADA UM DOS VOSSOS (LINDOS) CORAÇÕES!
A TODOS QUE POR ESTE CANTINHO PASSAM DESEJO
UMA PÁSCOA FELIZ!

01 abril 2007

...

(Foto de Serenidade)

A inspiração esvai-se
na dor que atormenta
no amanhã incerto
no ontem que apoquenta.
Nada sai de um coração
que não sabe o que sentir,
os trilhos parecem divergentes
a emoção sempre a fluir.
Será nostalgia da certeza,
que sabe (sem saber) o que virá?
Será inquietação da incerteza,
pura ilusão do que provirá?
E a poetisa impedida,
caligrafia retorcida
amálgama de agitações a brotar
impedem a poesia sentida.
A mão treme, as letras sucedem-se
acumulam-se com sentido aparente
numa partitura deslocada,
melodia descolorida… eminente.
Letras juntam-se, sucedem-se,
ofuscadas pelo olhar indulgente
abraçam-se de felicidade unidas
afinal, o coração ainda sente!
Quem terá sido o génio
que providenciou a astúcia
de uns dedos atribulados
declarando sua dúvida?!
Na incerteza se vive!
Para quê querer saber?
A Vida é o hoje!
Porquê não o Viver?!
A inspiração prosseguirá
pós tempos de introspecção
encontro consigo reclamado
uma mescla de cor, emoção.



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