Serenidade

Sensibilidade...

29 janeiro 2009

Mulher apaixonada

(Foto de Serenidade)

Dói a dor que não se vê,
dói o riso fingido,
dói a dor da desilusão,
do verbo dado enegrecido.

A voz deixou de se ouvir,
mutilada na dor da afonia,
o rio parou de correr,
o riacho mais do que devia.

Parou a passagem do enredo,
um corte na película gravada,
uma história cortada em farrapos,
pelos amantes deveras enamorados.

A voz calada na rouquidão,
de um grito dado de exaustão,
na dor infligida sem querer,
de tanto bem-querer e paixão.

A dor parou na estação,
onde a palavra foi soberana,
expressa na voz imperfeita
de uma mulher apaixonada.

"Se for para esconder, não faças"

(Autor desconhecido)



25 janeiro 2009

Viver é amar

A descer o Marão (sentido Vila Real)
(Foto de Serenidade)

Vigorosa é a força do meu amor,
que me permite lutar com sabor,
esperar a espera da contemplação
para que o sonho não seja ilusão.

Robusta é a força que impele a viver,
neste Inverno que tarda a perecer,
a Primavera espero com carinho,
no Verão encontrar meu ninho.

Vigorosa é a força que impele a sonhar,
e continuar meu caminho a amar,
a ti que és a minha vida
a todos que acolho com carinho.

E no sonho, que tem a força do amor,
está a razão para viver com sabor,
sorrir mesmo nos dias sombrios,
cantar, limpando as lágrimas com carinho.


"O amor quando chega, não pede licença para entrar. Não me impûs à sua entrada, não pretendo a sua saída. Guardo-o, bem aconchegado, no recanto mais nobre do meu Ser." (Carla)

19 janeiro 2009

A paragem é para amar


(Foto de Serenidade)


Roda a roda e volta a girar,
gira e roda sem nunca parar,
e se pára é para informar:
“A paragem é para amar”.

Na estação da vida, sem paragens,
surge o cansaço do guerreiro,
limitador da roda girar,
convidando a armadura, tirar.

Corre o tempo, sem tempo para parar,
rola a roleta que impede de ganhar,
na paragem deveras necessária,
na ajuda dada, nem sempre acarinhada.

Pára o tempo, na estação necessária,
no tempo, pós tempo de incursão,
onde o repouso é rejuvenescedor
e o abraço dado, sentido com amor.



"É preciso estar diante de uma pessoa como se fosse pela primeira vez, sem projectar sobre ela as nossas próprias ideias criadas e sem deixar que as ideias criadas pelos demais influenciem esse contacto." (Trigueirinho)

http://retalhosmaissentidos.blogspot.com/

13 janeiro 2009

Sentir, amando!


(Foto de Serenidade)


As mudas palavras da sinfonia,
reflexo de imenso amor,
percorrem as ruas desertas,
neste inverno de sem calor.

Sem a quentura do teu abraço,
nem tuas palavras sentidas,
meus olhos são duas fontes,
onde o sofrimento se abriga.

Grito ao vento sem me ouvir,
à lua, cuja claridade me seduz,
o Sol escondeu-se envergonhado,
neste dia nem o astro-rei reluz.

Percorro o leito e os meus sulcos,
delicio-me com o doce/amargo sabor,
dum Inverno que não me larga,
nem implorando com amor.

Nas profundezas do mar busco meu Norte,
o Sul está aqui, bem ao meu lado,
profetizo nos dias de Primavera,
os de Verão sentir, amando.
"Temer o amor é temer a vida, e aqueles que temem a vida já estão praticamente mortos."
(Bertrand Russell)

06 janeiro 2009

Desfruto o planeado


Foto de Serenidade
Planeio uma vida risonha,
por entre a caótica multidão
onde os sonhos se transformam
e aparece o gosto da desilusão.

Dissabor da vida, em vista de sorrir,
percorre as vértebras do pilar patriarcal,
dos alicerces deveras aturdidos,
na ausência da sensibilidade maternal.

Planeio um ciclo de ilusões,
onde a realidade é fantasia,
num período de devaneios,
onde o sonho me acaricia.

Nas sublimes alucinações, caminho,
entre veredas sinuosas
e ornamentadas estradas.
Os
sonhos de menina, trilho,
com passadas amedrontas.

O sonho, um cenário de realizações,
um ninho ornamentado de ilusões.
Dele não quero mais sair,
nele (em ti) desfruto minhas paixões.




"Ninguém pode estar, ao mesmo tempo, no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará...
"


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