Relembrar a infinitude
É infindável a ternura do meu sentir,
quais gotículas de água que se metamorfoseiam no ciclo da água!
É infindável a melodia da vida que me faz sentir fora de mim,
qual viagem encetada pelo ar que no primeiro segundo da minha existência iniciei.
É infindável este corrupio
que me leva da mais alta vibração de euforia
ao mais animalesco sentir.
É infindável a espera…
de tudo esperar.
É infindável o finito que parece não ter fim,
perceção alienada pelo desassossego…
de saber que não existe um fim nem um começo,
mas vários reinícios,
vários ciclos,
diversas vontades não satisfeitas,
imensos quereres incompletos,
pela metade que sou, não se conhecer
pela metade que fui, não se aceitar.
É infindável o que sou,
percecionado pelo Todo, tudo tenho,
Por mim?
Tanto a relembrar…
quais gotículas de água que se metamorfoseiam no ciclo da água!
É infindável a melodia da vida que me faz sentir fora de mim,
qual viagem encetada pelo ar que no primeiro segundo da minha existência iniciei.
É infindável este corrupio
que me leva da mais alta vibração de euforia
ao mais animalesco sentir.
É infindável a espera…
de tudo esperar.
É infindável o finito que parece não ter fim,
perceção alienada pelo desassossego…
de saber que não existe um fim nem um começo,
mas vários reinícios,
vários ciclos,
diversas vontades não satisfeitas,
imensos quereres incompletos,
pela metade que sou, não se conhecer
pela metade que fui, não se aceitar.
É infindável o que sou,
percecionado pelo Todo, tudo tenho,
Por mim?
Tanto a relembrar…
“Recomeça… sempre, sem angustia sem pressa e dos passos que deres nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcançares não descanses…”
Miguel Torga
Miguel Torga