Serenidade

Sensibilidade...

31 dezembro 2011

2011 - 2012

(Foto de Serenidade)


Foste um ano de desafios constantes,
de perdas e de vitórias aliciantes,
a terra em alvoroço tremeu,
o coração, muitas vezes, estremeceu!
O meu, o teu e o de quem acredita,
que tudo tem um propósito, até esta escrita!
Foste belo no raiar de novas consciências,
no nascimento de inconstantes certezas,
embora tudo seja incerto, existe a vontade,
de ver manifestos os desejos na realidade.
Foste um ano de evolução,
de vivencias de intensa emoção.
Sou-te grata pela tua permissão,
em ver declarada a minha boa acção,
permitires que a vida não seja apenas observada,
mas imensamente iluminada.
Foste o ontem, o passado,
tudo o que, espontaneamente, foi apurado.
2012, dou-te as boas-vindas,
um ano de controversas rimas!
Agradeço-te, antecipadamente, tudo o que permitirás viver,
mesmo que, em alguma circunstância, a água salgada faça-se aparecer,
logo virá o Sol com sua luz radiante
e sublimará o desnecessário, permanecendo o lar brilhante,
agradeço-te a vinda de mais luminosidade,
desaparecendo, definitivamente, a minha ansiedade,
de acolher em meus braços, mais uma alegria,
de realizar, na vida, o meu sonho de menina.
Agradeço-te a prosperidade que plantas em cada lar,
a abertura dos corações para quem quer muito amar,
as coincidências que permitam a abertura de trilhos,
para todos os meus prezados amigos
quem tenham neste ano momentos de fortuna
tal como eu tenho, ao meu lado, com fartura.




A alegria não está nas coisas: está em nós.

(Goethe)


17 dezembro 2011

uma vida a ser vivida



(Foto de Serenidade)

Há uma vida para além da vivida que quer viver,
um ser de luz que quer descer,
uma alma que percorre os céus em desalinho.
aguardando o momento de aportar no seu ninho.

Há uma flor que anseia ver a luz do Sol,
suas pétalas apresentar e serem um farol,
uma orientação para quem vê a ausência de luz
e, na escuridão, ser o que reluz.

Existe uma vida que anseia por ser vivida,
Com uma energia imensamente florida,
A força de quem nada tem a temer,
A destreza de quem fará acontecer.

Há uma competição entre a razão
e o desorientado coração,
entre o querer e o não ter,
a vontade e o não ser,
a verdade da não existência
e a presença da carência.


"Não podemos esquecer que, na vida, nem sempre as coisas acontecem como nós queremos. Existem momentos, por exemplo, em que procuramos algo que não nos está reservado." - Situações da vida de Paulo Coelho



11 dezembro 2011

das cinzas...




(Foto de Serenidade)








restam-me uns pedaços de cinzas,
não sei se os guarde,
se aguarde pelo resultado de si!
talvez os acomode numa caixinha,
a decore com uma fita branquinha.
as lance ao vento,
alimentando colheitas boas ou más,
ou as atire ao mar,
e as deixe para lá!
são pedaços,
réstias de pedaços de mim,
envelhecidas,
entristecidas pelo tempo que não as deixou ir.
foram labareda viva,
depois mortalha que me queimava lentamente, viva.
algures no tempo,
foram chama acesa e cega de paixão,
tornando-se espinhos que ao longo das estações,
permaneciam inalteradas em todas as ocasiões.
são água turva de uma ribeira pós tempestade,
a limpidez amorfa de uma escondida saudade.
são a recordação do que foi,
a inexistência do que não deixam acontecer.
a vida que se vive sem viver,
se não as quiser fazer desaparecer.
há uns pedaços de cinza ainda quentes,
um vulcão que teima em não se acalmar,
ora acordado ora em descanso,
consoante a rigidez do caminho,
que expurga as cinzas na ausência de carinho.
limpo as cinzas que se acumularam no coração
de anos de insensata emoção,
acarinho-as entre os dedos que as fitam,
enterro-as bem fundo,
para que deixem livre o meu caminho.
uma Fénix, renascida!








"Quando se deseja algo de todo o coração, está-se mais próximo da Alma do Mundo. Ela é sempre uma força positiva."




in Alquimista de Paulo Coelho








06 dezembro 2011

... a efervescer...

(Foto de Serenidade)





Há uma brisa que toca o meu rosto,
uma leve pena que me acaricia,
sem pena que a saudade a leve,
com a vontade com que sempre o fazia.

Há uma mão que me toca,
como se nunca o tivesse feito,
com a impulsividade do desconhecido,
com desejo e o maior respeito.

Há duas mãos que se entrelaçam,
dez dedos que se fitam e enamoram,
contornos que se ajustam delicadamente,
afectos que se aprimoram.

Há uma lágrima que quer sair,
de um misterioso agridoce sabor,
percorrer os vales sedosos do meu corpo,
misturar-se com o teu tentador calor.

Há uma vontade imensa em mim,
de possuir o que possuo sem o ter,
de inundar o teu corpo com a minha vontade,
de me perder em ti, o desejo de sempre, a efervescer.




"A vitória pode dar-me confiança, mas não pode transformar-se num peso a ser carregado."

in Crónica - Quando nos Educamos para Ganhar

Paulo Coelho





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