Serenidade

Sensibilidade...

23 outubro 2011

Tree



(Foto de Serenidade)






És forte, imponente
do teu alto avistas o Sol poente
entranhaste nas profundezas da terra
ergueste para além da serra.
Majestosa na tua aparição
delicias-nos com tua afeição
permites que repousemos sob teus braços
sonhar com o mar e navegar nos seus barcos.
Mesmo sem responsabilidade podes ser mortal
quando abraças na ausência de uma aurora boreal
permites que teus semelhantes sejam atingidos
como um raio que cai num ermo, sem abrigo.
Atingiste-me o lado esquerdo
e o que permite andar o meu ascendente
não te culpo, aceito o teu mutismo
olho-te com um particular carinho.
A dor do doer está presente
a imobilidade na acção é evidente
conserva a tua delicada postura majestosa
concede-nos a tua silhueta maravilhosa
não te imputes responsabilidades
tens demonstrado a tua sincera amizade.






A condição humana faz-nos compartilhar apenas aquilo que temos de melhor - porque estamos sempre em busca de amor, de aceitação.

in "O Zahir" de Paulo Coelho




11 outubro 2011

O melhor...



(Foto de Serenidade)






O cansaço da partida e da chegada,
confundem-se com a dor do sentir em alvorada,
perdura nos dias e nas noites sem luar,
como as noites em que não durmo abraçada.



O comboio movido a carvão,
que já não existe para os demais,
é o meio que parece estar presente,
neste canastro que se arrasta entre os arraiais.



Corre, ri e alegra-se.
Brinca, chora e dormita.
O tempo fica sem razão de ser tempo,
assim como esta parca escrita.



A fraqueza faz o rio correr,
faz as vozes altear,
a vida sucede-se sem esperar
a noiva no seu mais belo altar.



Mas há uma força maior que todas as outras,
um alento que não cruza braços, nem entra em algazarras,
a energia pura da transformação em acção,
o amor é, para tudo, a melhor de todas as armas.




Foi o erro que colocou o mundo em marcha", disse o Mestre.

"Nunca tenhas medo de errar." - Paulo Coelho



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