Serenidade

Sensibilidade...

29 abril 2010

Que música é?

(Foto de Serenidade)



Que música é esta que invade todo o meu Ser,
até ao mais pequeno elemento atómico que de mim faz parte,
ganha terreno na mais ínfima partícula de mim,
faz com que todos os meus corpos exaltem.

Que melodia é esta que neste preciso momento
encontrou como cais de embarque os meus ouvidos
o instante oportuno para a conseguir ouvir
e saciar todos os meus corpos famintos.

Que cantilena é esta que sacia e preenche,
vinda não sei de onde nem porquê,
mas sem dúvida na hora oportuna
de um acolhimento sem renúncia nem porquês!

Que ode é esta que une-me e acaricia-me,
que faz-me sentir em paz com o mundo,
que faz-me relembrar que possuo tudo o que preciso,
que somos, todos, seres em tudo fecundos.





"Quando eu morrer, não desesperem. Homenageiem-me. Falem dos meus sonhos, falem das minhas loucuras." - Augusto Cury



23 abril 2010

Um dia pela vida


(Foto de Serenidade)

Invadiste o meu canastro,
sem permissão deixaste teu rasto.
Pouco a pouco ganhaste terreno,
conseguiste que me sentisse ermo.
O chão que pisava com algum sentido,
transfigurou-se em areia movível.
Para quê sorrir se o amanhã é ilusão?
Para quê caminhar ao Sol se para tal não há razão?
Para quê lutar se poderei perder?
Ou será que o final poderei escolher?
Vislumbro um túnel de sabor amargo,
ao fundo, um sorriso e um grito ensurdecido do meu fado,
que suplica para que não deixe de caminhar,
muito menos de me amar.
Uma luz volta a ressurgir,
o intruso há-de ir a fugir,
serei mais forte que a fortaleza que de mim apodera-se,
serei a luz que a escuridão invade.
Com um sorriso sereno, sincero,
por ti, por mim, por nós, deixo a vida fluir
com a certeza que no amanhã estarei a sorrir,
o intruso aniquilado pela grandeza do amor,
que se renderá às evidências com rancor.



"Aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espectacular."

Shakespeare

11 abril 2010

Quero ser livre

(Foto de Serenidade)

Quero ser livre dos pensamentos que se apinham
dos mandamentos que ao ar se atiram.
Quero estar liberta das encruzilhadas loucas
que numa vã e pérfida existência não existem poucas,
quero vaguear por entre os vendavais tempestuosos
atiçados por actos puramente maldosos,
contornar os obstáculos impostos, propositados,
fluir como um rio no leito abençoado,
percorrer montanhas e bosques sublimes
transpor oceanos com passadas firmes,
tornear os entraves do pensamento obscuro,
que tem um poderoso poder prematuro,
precoce na rapidez do chegar ao porto mental
tardio no volver à origem primordial.
Fonte de tudo o que É visível ao homem
é o evidente no que seus olhos consomem,
ilusão das criaturas que a mente admiram
privilegiando o conhecimento que adquiriram,
não quero todo esse conhecimento
antes a sabedoria deste preciso momento.
Quero ser livre do pensamento obcecado,
faço o caminho procurando Ser abençoado
pela ternura da sabedoria
que para todos nós caminha.



"...eu venho do nada... só quero ser feliz..."


06 abril 2010

Amor


(Foto de Serenidade)


A, Altruísmo,
onde impera a ausência de egoísmo,
e a dualidade ser compreendida em Um de dois.
M, impera o Mutismo,
as palavras desnecessárias,
apenas o olhar indispensável.
O, uma Ode,
uma sinfonia de doces aromas
cântico de subtis notas conjugadas numa fragrância.
R, uma constante reverência,
ao outro de está em nós,
a nós que estamos em sintonia.

Reverencio-te,
proferindo nossa ode
onde o mutismo impera
o altruísmo observa.




"...uma das mais importantes tarefas da psique:

não fazer nada, apenas vivenciar a arte de observar."

Augusto Cury



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05 abril 2010

Mendigo


(Foto de Serenidade)


Mendigo deixa de mendigar
não peças o que não podes dar
dá o que tens com alma e coração
mesmo que apenas uma côdea de pão.
Ou então, o afecto que tens dentro de ti,
não custa dinheiro, tem um valor sem fim.
Concede a quem te rodeia amor, carinho e serenidade,
não queiras o que não tens, apinhado de ansiedade.
Olha à tua volta e sente a brandura dos olhares
que mesmo revoltados dizem “quero mais ”
nunca satisfeitos com tanto que têm, insaciáveis,
quando dentro de si tão pouco têm, meros miseráveis.
Mendigo que mendigas pão,
concede ao outro teu nobre coração.




"Gostava de ser uma videira. Pode não ser forte nem bonita como tu, mas qualquer um pode alcançar seus frutos." - Augusto Cury


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